Ganhei um livro de uma amiga, chamada Sílvia. Foi presente de aniversário. E um presente que ela sabe que adoro ganhar.
Trata-se do livro de Khaled Hosseini, mesmo autor de O caçador de pipas. Se você assistiu ao filme ou leu o livro O caçador de pipas e se emocionou, terá sentimentos parecidos. O livro A cidade do sol traz sentimentos como revolta, compaixão, esperança, alegria; mas o a esperança é o maior.
A história se passa numa aldeia fictícia do Afeganistão, na cidade de Herat e chega a Cabul, capital desse país. Não falta tradição, preconceito, humilhação, desprezo, guerra e todas as mazelas trazidas por ela. "Depois, os tapetes eram enrolados, as armas, carregadas e as montanhas disparavam sobre Cabul, que, por sua vez, disparava contra as montanhas, enquanto Laila e os demais habitantes da cidade ficavam só olhando, tão impotentes quanto o velho Santiago vendo os tubarões abocanharem o seu valioso peixe."
O livro escancara o que vemos em reportagens de telejornais e alguns documentários. A condição da mulher naquele país, a supervalorização do sexo masculino, os interesses do Ocidente com as guerras travadas lá juntamente com a total falta de interesse pelo sofrimento do povo.
A história começa com o nascimento de Mariam 1959, conta sobre sua infância e adolescência entra nos anos 70 nos anos 80, época em nasce Laila, outra personagem principal, quando o Afeganistão fazia parte da extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) liderada e idealizada pela Rússia. Vai até o século XXI (2003).
É impressionante a maneira como o autor traz estas épocas sem nos deixar cansados na narrativa. Ele consegue atravessar épocas, guerras, tempos de aparente paz. Evidenciar sua opinião sobre os povos que ali vivem, sobre a influência e presença do Ocidente ali, sem tirar o foco da história em si.
A narrativa inicialmente é sobre uma menina, fruto de um relacionamento de um patrão muito rico com uma de suas empregadas. Sua relação com o pai quando criança, as consequências de ser filha de um relacionamento assim, como a sociedade daquele lugar vê uma criança gerada nessas condições, etc.
Enquanto lemos, nos intrigamos com a segunda parte do livro, que começa a contar a história de outra garota, Laila, com seu amiguinho Tariq. A princípio quando estamos lendo esta parte, não compreendemos o porquê dessa garota entrar na história e a protagonista "desaparecer" da narrativa. Mas nos surpreendemos quando as histórias das duas se cruzam no caminho e às vezes se fundem.
Além de conhecer a histórias dessas duas mulheres, conhecemos o valor da mulher naquele país, a cultura daquela gente e o mais importante, a esperança e a fé, que são o que move aquele povo sofrido que consegue levar a vida em meio a tanto sofrimento, tantas guerras, tantos desafios que surgem a cada época. "Laila decidiu que não se deixaria abater pelo ressentimento. Mariam não gostaria de vê-la assim. (...) Portanto resolveu seguir tocando a vida. (...) Porque, no fundo, sabia que era tudo o que podia fazer. Viver e ter esperanças."
O desenrolar da história é emocionante e cheia de surpresas!!!
Um livro que vale a pena ter, ler, reler quantas vezes quiser! Recomendo.
É isso,
Ilma Madrona.
Nossa Ilma,vc é melhor do que muito jornalista a resenha ficou ótima,parabéns.Tbm acho que o livro nos toca profundamente porque apesar das diferenças culturais em relação ao nosso país,tbm nos deparamos com a violência do dia dia e contra as mulheres principalmente.
ResponderExcluirA esperança,a fé em Deus e amigos de verdade,tudo o que nos move.
ResponderExcluirObrigada, Sílvia. Você, como sempre, muito gentil!!! Beijão!!!
ResponderExcluirAdorei!
ResponderExcluirFicou muito boa essa resenha!
Gostei muito, você está de parabéns! ;)
Obrigada, minha linda!!!
ResponderExcluirAdorei a Resenha, comprei este livro neste final de semana e agora estou mais motivada! Assisti o filme "O Cassador de Pipas" e achei ótimo, e também muito comovente!
ResponderExcluirhttp://portaldosculturosos.blogspot.com.br/
Obrigada, Priscila. Vou ler esse, vi só o filme. Que bom que gostou da resenha. Fico grata.
ExcluirIlma, quem lê a sua resenha fica com vontade de ler o livro imediatamente, isso já o fiz, mas confesso que fiquei com vontade de fazer uma releitura. Obrigado pela objetividade e clareza do texto produzido. Parabéns!
ResponderExcluirObrigada Figueredo. É mesmo um livro muito bom mesmo.
ExcluirIlma, quem lê a sua resenha fica com vontade de ler o livro imediatamente, isso já o fiz, mas confesso que fiquei com vontade de fazer uma releitura. Obrigado pela objetividade e clareza do texto produzido. Parabéns!
ResponderExcluirAo termino do livro, desejei reiniciar novamente a leitura do livro Cidade do Sol. Muito bom.
ResponderExcluirGeraldina, espero que tenha reiniciado a leitura do livro. Se não, não é tarde. Ele é maravilhoso.
ExcluirAo termino do livro, desejei reiniciar novamente a leitura do livro Cidade do Sol. Muito bom.
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