domingo, 11 de novembro de 2012

"Será que o Estado quer mesmo que o crime organizado acabe?

    Temos visto e ouvido em praticamente todos os noticiários, em todos meios de comunicação, falar-se da "onda de violência" na Cidade de São Paulo e nas cidades metropolitanas.Segundo reportagens, uma retaliação do crime organizado a mortes de criminosos causadas por policiais da ROTA.
    Sabe-se que a violência a princípio seria "vingar-se" de policiais da região da Comunidade de Paraisópolis, porém a violência se espalhou pela Capital,  por cidades metropolitanas e além disso está sendo praticada contra pessoas aparentemente inocentes, como um caso de um garçom que, que por morar no mesmo condomínio onde mora um policial, foi confundido com este e acabou morto por engano. 
     Sabe-se que o crime sempre existiu, existirá e talvez jamais seja vencido por completo. Sabe-se também que sem ele falta argumento para candidatos políticos com inteligência minguada para convencer uma população "inocente" do porquê confiar-lhes seu voto.
    Não é fácil combater o crime organizado, principalmente quando o Estado nega a existência do mesmo. Dificilmente o poder público conseguirá vencer e acabar com a violência ignorando ideias, conselhos de especialistas e, além disso, ignorando as necessidades básicas da população das periferias.
    Então me vem uma pergunta: Será que o Estado quer mesmo que o crime organizado acabe? Será que este Estado a quem "confiamos" nossos votos, nossos impostos, deseja mesmo por fim à violência? Será que alguém não lucra com isto? Se é tão fácil acabar com o crime organizado, como afirmam especialistas, por que o Governo continua de ouvidos tapados? 
  Ouvi e vi numa reportagem do Domingo Espetacular da Rede Record, que é simples resolver esta situação: "Basta levar à falência o crime organizado". Pois este precisa de dinheiro, muito dinheiro para existir e fortalecer-se. 
    Será que não falta força de vontade do Estado? Falta humildade para assumir que errou quando ignorou a existência de uma facção criminosa poderosa e ativa no Estado de São Paulo? Falta o que exatamente?Porque impostos para financiar o Estado para agir é que não faltam!
    Se o Governo quisesse mesmo acabar com a violência na Cidade de São Paulo, nas regiões metropolitanas e por todo o Estado, já teria o feito. Não faltam recursos, não falta apoio da população que paga impostos (e caros!) e quer sair para trabalhar honestamente, voltar para casa com segurança e viver em paz!
É isso,

Ilma Madrona.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

EMATER - MINAS GERAIS (VALE DO JEQUETINHONHA)


http://oprazerdereclamar.files.wordpress.com/2010/09/carai-47.jpg

Pensando nas condições em que vivíamos na década de 80 na zona rural do Vale do Jequetinhonha, Minas Gerais, me veio uma sigla importante nas nossas vidas: EMATER. Mesmo sem saber o que significava, ela esteve presente em nossas vidas. Lembro-me de que minha mãe participava de palestras promovidas pela EMATER e dentre algumas coisas que aprendia, várias nos mantiveram vivos. 
Uma época em que políticos locais desviavam dinheiro público na cara mais lavada, tínhamos que aprender a sobreviver na raça. Era uma época de mortalidade infantil muito alta, pelo fato de ser uma região pobre e esquecida pelos governantes (mas bem lembrada em épocas de distribuição de santinhos, a cada 4 anos) e por uma característica triste, que era a de um povo simples, fruto da ditadura brasileira que não tinha o costume de reivindicar seus direitos.
Lembro-me de que não andávamos descalços pelo quintal, não tomávamos água sem filtrar ou ferver e tínhamos no quintal sempre que podíamos um canteiro com beterraba ou couve para nos livrarmos da anemia. 
Até fui a uma palestra onde ensinaram a fazer bolo de mandioca. Claro que eu não sei fazer, era bem criancinha e até hoje não aprendi a fazer bolos. 
Muitas crianças morriam naquele lugar (Queixadinha e redondezas,  Caraí, MG). Sobrevivemos graças a Deus, a meus pais que seguiam à risca aos conselhos dos mais sábios.
É isso,
Ilma Madrona.

sábado, 19 de maio de 2012

CLASSES GRAMATICAIS

ARTIGO

O que é artigo?

Artigo é a palavra que indica tratar-se de um ser específico ou não específico da espécie.
Exemplos:  Na pequena cidade onde moro, há um rio. 
                  O rio corta a cidade pelo meio.
As palavras destacadas acima são artigos. O artigo refere-se ao substantivo e tem a ver com o sentido específico ou não específico do ser na espécie.

Observe: em um rio, representa um ser qualquer da espécie, não é específico. 
Já em O rio, representa um ser conhecido, já mencionado, portanto específico.
Os artigos um e o é que estão indicando, respectivamente, que, no primeiro caso, trata-se de um rio qualquer, e, no segundo caso, de um rio específico.


CLASSIFICAÇÃO DOS ARTIGOS
Os artigos são classificados conforme o ser é representado em relação à sua espécie.


DEFINIDOS  indicam que se trata de um ser específico da espécie.
São artigos definidos: o, a , os, as.
Exemplo: O professor de Língua Portuguesa esclareceu-me as dúvidas. (Trata-se de um professor conhecido ou único naquela situação.)


INDEFINIDOS  indicam que se trata de um ser qualquer da espécie.
São indefinidos os artigos: um, uma, uns, umas.
Exemplo: Um professor de Língua Portuguesa esclareceu-se as dúvidas. (Trata-se de um professor qualquer entre outros existentes naquela situação.)


FLEXÃO DOS ARTIGOS
O artigo é uma classe gramatical variável. Possui formas distintas em gêneros e número para concordar com o substantivo a que se refere.
Exemplos:
o menino (masculino singular)                          a menina (feminino singular)
os meninos (masculino plural)                          as meninas (feminino plural)
um menino (masculino singular)                      uma menina (feminino singular)
uns meninos (masculino plural)                      umas meninas (feminino plural)

NOTA:
O artigo transforma qualquer palavra em um substantivo. Exemplos:
Com o raiar do sol, o grupo retomou a trilha que levava à montanha.
Os jovens adoram o novo.
O cantar dos pássaros me faz muito bem.
Esta arte retrata o belo.


Bibliografia: Gramática Teoria e Exercícios, Paschoalin e Spadoto, editora FTD, Edição Renovada (livro para análise do professor)

CLASSES GRAMATICAIS


O que é substantivo?

SUBSTANTIVO

Conceito - Substantivo é a palavra que dá nome aos seres.
Seres materiais - Lucas, criança, árvore, água, cidade, caneta.
Seres espirituais ou religiosos - Deus, anjo, Satanás, alma.
Seres mitológicos ou fictícios - Cupido, saci, fada, Branca de Neve.


Nomeia, também, as qualidades, os estados, os sentimentos e as ações. 
Qualidades: beleza, feiura.
Estados: alegria, tristeza.
Sentimentos: amor, ódio.
Ações: abraço, beijo.


CLASSIFICAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Os substantivos classificam-se em:
COMUNS: são aqueles que nomeiam um ser qualquer da espécie.
Exemplos: criança, rio, cidade, estado, país.
PRÓPRIOS: são aqueles que nomeiam um ser específico da espécie.
Exemplos: Kevin, Tietê, Minas Gerais, Brasil.
Possuem novem próprios, principalmente:
* pessoas - Exemplos: Bruna, Flávio, Ilma.
* animais - Exemplos: Lulu, Túti, Costelinha.
* localidades - Exemplos: Londrina (cidade), Mandacaru (rua), Guarujá (praia), Cidade Ipava (bairro.
* instituições financeiras - Exemplos: Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil S/A.
* acidentes geográficos - Exemplos: Itaparica (ilha), Amazonas (rio).
CONCRETOS: são aqueles nomeiam seres de existência independente de outros seres.
Exemplos: mulher, Rodrigo, computador, alma, anjo, saci, fada, bruxa, etc.
ABSTRATOS: são aqueles que nomeiam seres de existência dependente de outros seres.
Exemplos: beleza (existe no ser que é belo), tristeza (existe no ser que é triste), juventude (existe no ser que é jovem), corrida (existe no ser que corre).
            São,portanto, abstratos os substantivos que nomeiam:
                   * qualidades - Exemplos: beleza (de belo), meiguice (de meigo), doçura (de doce).
                   * estados - Exemplos: tristeza (de triste), alegria (de alegre), cansaço (de cansado).
                   * ações - Exemplos: beijo (de beijar), abraço (de abraçar), correria / corrida (de correr).
SUBSTANTIVOS COLETIVOS 
O coletivo é um tipo de substantivo comum que, mesmo estando no singular, indica vários seres de uma mesma espécie.
Exemplos
acervo   bens materiais, obras de arte.
álbum    fotografias, selos, figurinhas
alcateia   lobos
banca     examinadores
batalhão  soldados
bando      aves, ciganos, malfeitores
biblioteca  livros
boiada      bois
esquadra   navios de guerra
esquadrilha aviões
quadrilha    ladrões, malfeitores


FORMAÇÃO DOS SUBSTANTIVOS
Quanto à formação, os substantivo podem ser:


PRIMITIVOS - são aqueles que não provêm de nenhuma outra palavra da língua. 
Exemplos: pedra, ferro, rosa.
DERIVADOS - são aqueles formados a partir de uma palavra já existente na língua.
Exemplos: pedreira, pedregulho, pedrada, pedraria (derivados de pedra);  ferrugem, ferreiro (derivados de ferro); rosada, roseira (derivado de rosa).
SIMPLES - são aqueles formados por apenas um radical.
Exemplos: flor, maçã, banana, tempo, moleque.
COMPOSTOS - são aqueles formados por dois ou mais radicais.
Exemplos: couve-flor (couve + flor)
                 banana-maçã (banana + maçã)
                 pé-de-moleque (pé + de + moleque)
                 passatempo (passa + tempo - sem hífen e sem alteração sonora e gráfica) 
                 planalto (plano + alto - sem hífen e com alteração sonora e gráfica).

               
Bibliografia: Gramática Teoria e Exercícios, Paschoalin e Spadoto, editora FTD, Edição Renovada (livro para análise do professor).

domingo, 8 de abril de 2012

ISTO NÃO É NORDESTE DO PAÍS, LUGAR AFASTADO NÃO!!! É CAPITAL DE SÃO PAULO; MAIOR E MAIS RICA CIDADE DO PAÍS, ONDE PAGAMOS CAROS IMPOSTOS!!!!

ESTA É A PONTE POR ONDE ALUNOS PASSAM SAINDO DAS REDONDEZAS DOS BAIRROS ARACATI, CIDADE IPAVA, VILA GILDA ETC. PARA IREM À ESCOLA. E PESSOAS COMUNS QUE PRECISAM CRUZAR ESTE PERCURSO A PÉ. CIDADÃOS QUE PAGAM IMPOSTOS E SE VEEM CORRENDO RISCO DE CAÍREM DENTRO DA REPRESA GUARAPIRANGA. HÁ UNS SEIS MESES OU MAIS ESTA PONTE ESTÁ ASSIM. TEM PODER PÚBLICO POR AQUI?


http://www.facebook.com/photo.php?fbid=324291517638327&set=p.324291517638327&type=1&ref=nf

quinta-feira, 29 de março de 2012

HÁ UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL!

     Às vezes quando estou lendo uma crônica de grandes escritores nossos como Millor Fernandes, Luís Fernando Veríssimo, Clarice Lispector, entre outros, fico pensando: como será daqui alguns anos, meu Deus? Com a ideia de que basta dar acesso aos brasileiros à educação, basta dar uma vaga e jogá-los dentro de uma sala lotada, basta dar presença e passá-los adiante... 
     Como estas cabecinhas estarão daqui algum tempo? Lutarão pelo quê? Pela liberdade ao sexo livre nas praças e demais vias públicas? Resistirão a quê? Resistirão fortemente a não lerem, pois não conseguem se concentrar por conta dos celulares e outros eletrônicos? Lutarão à mão armada pelo quê?  (não que eu defenda luta à mão armada). Pelo direito de jogarem em vias públicas os livros e materiais que recebem, segundo esta geração, no "kit favela"? 
     Oh céus, qual será o futuro desta geração que pergunta: "Pra que que eu quero livro?"?
     Mas ainda há uma luz no fim do túnel. Talvez Millor, Clarice, Érico Veríssimo e outros grandes que se foram, pensavam assim também, e deixaram seguidores ou admiradores que guardaram o mínimo de suas ideias e hoje estão por aí difundindo um pouco de conhecimento, de cultura... Ainda temos aqueles cinco em cada sala, em cada lugar que ainda valorizam mais um livro do que a um tênis ou a um boné com uma grande letra O.
     É isso.
Ilma Madrona.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

A TELEVISÃO E A CLASSE C

     Neste domingo, primeiro dia do ano de 2012, estava procurando um bom programa para assistir, o que é muito, muito difícil encontrar nos canais abertos da televisão brasileira aos domingos. Mas mudando de canal deixei na Rede Brasil de Televisão. Aqui na cidade de São Paulo está como canal aberto, no restante do país não tenho certeza. Estava sendo exibido um programa cujo nome é Ver TV. É um programa de televisão que trata de assuntos ligados à própria televisão: "Programa semanal que discute as funções, a programação, os avanços tecnológicos e as questões éticas de uma TV de qualidade, comprometida com a cidadania." (http://www2.camara.gov.br/tv/programa/44-VER-TV.html). Um tipo de programa que infelizmente não passa na TV aberta.
      Estavam lá o apresentador e três simpáticos convidados discutindo o papel da televisão na sociedade no ano que se encerrou, 2011. Discussão séria e inteligente. Durante o programa, foi feita a seguinte observação por uma jornalista: os canais de televisão aberta estão tendo que adaptar suas programações por conta do poder de compra da Classe C, a chamada nova classe média. O chamado horário nobre é visto pelos milhões que compõem a classe C e que agora detém um poder de compra maior, deixando os anunciantes interessados nesse "poder".
     Foi falado de um programa chamado Junto e misturado que a Globo engavetou porque, segundo um dos convidados é "um humor elitizado", ou digamos um humor mais inteligente, sem baixaria, etc. Não é um humor que agrade a classe c. Não teria tanta audiência.
     Ora bolas, eu me pergunto: então é assim? O humor é inteligente, não têm baixaria, precisamos descer, baixar o nível para que a classe c entenda, sei lá, agrade? Nós já sabemos que a nova classe média deixa muito a desejar em relação a conhecimento formal. E a televisão tem um papel muito importante na vida dos brasileiros, na formação de jovens, de crianças, de cidadãos.  Não seria hora de os canais abertos perceberem o tamanho da responsabilidade que têm, acordarem e ajudarem essa nova classe média a se "elitizar"? 
     E quando eu digo elitizar, digo no conhecimento. No papel que ela tem diante das urnas, na reivindicação por melhorias para os bairros onde moram, se posicionar diante da corrupção deste país, mostrar que essa classe não tem só poder de compra, mas tem poder em tudo o que quiser para uma sociedade melhor. Ajudar essa juventude a pensar, a ousar, agir dentro da sociedade. Mostrar que poder comprar um computador vai além de só comprá-lo para postar fotos e jogar. Que um computador em casa com acesso à internet tem poder de denunciar, de mobilizar pessoas para mudanças que servirão para essa nova geração que está se formando.
     Mas para que não é? A elite continua sendo elite e só precisa de pessoas que comprem, comprem e comprem. O que vale até agora é o consumismo, a futilidade, o culto ao corpo. O intelecto deixa pra lá. Ô pena!!!
     É isso,
     Ilma Madrona